quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Você do meu lado

Quero um lápis e um papel para transpor toda a sua beleza,
seja em letras incompreensíveis de um garrancho
ou num desenho rabiscado.
Acho que você já sabe que eu não me canso de olhar seus olhos,
mesmo nas tardes chatas quando me faltam assuntos,
obrigando-me a ficar calado.
Eu também me pergunto por que você ainda não jogou tudo para o alto
deixando-me para trás junto com o meu ciume infatil,
e as coisas idiotas que te falo aos ouvidos,
sem falar nos dias que te deixei trsite,
deixando-te magoada, fazendo-te chorar.
Juro que não seria fácil me conformar
caso você já não estivesse mais aqui,
mas se fosse para o seu bem eu ia entender,
mas confesso que prefiro você assim,
do meu lado, seja em dias chuva ou de sol,
Nos dias de felicidade ou até mesmo nas horas de raiva.
Só quero Você do meu lado!



Pipo Sotero

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Ação Divina

Anjos da Guarda e Forças Superiores


Já passou por uma situação em que inexplicavelmente uma trágedia deixou de acontecer por um simples lance que você acreditou ter sido sorte? Ou um momento em que todas as coisas fluíam num sentido desfavorável, em que circunstâncias negativas pareciam não mais serem evitadas? Ou quando esperou um ônibus por horas e o mesmo não parou e lá na frente você descobriu que ele foi assaltado ou sofreu um acidente? Ou até mesmo quando esteve prestes a falar algo e a palavra não saiu da ponta da língua evitando assim que você se constrangesse ou ofendesse alguém?
Parece estranho, mas em muitas das vezes ligamos isso exclusivamente à sorte! Dizemos que foi pura sorte e nada a mais, menosprezando assim aquela força invisível que nos fortalece as mãos e sustenta nossas pernas em momentos de desorientação, apuros ou fraqueza.
Às vezes parece papo para criança, mas você acredita no seu Anjo da guarda? Você acredita em Deus? Você acredita que uma força superior age sobre você de forma imperceptível?
Não seria loucura, bobagem ou criancice dizer que Anjos da guarda existem, não ao meu ponto de vista. Às vezes sinto que alguns seres humanos deveriam olhar com um pouco mais de atenção para essas coisas que acontecem repentinamente, dando errado, ou certo em cima da hora, às vezes nos jogando à margem do desgosto e em muitas outras aos prantos por termos escapado de uma fatalidade. O que eu quero dizer é que muitas pessoas não entendem que até mesmo momentos tristes são necessários e proveitosos, sendo que o que não passa de um certo desequilíbrio emocional pode ser uma grande fonte de aprendizado. Talvez isso não aconteça por que, infelizmente, vivemos num mundo completamente material onde a grande massa vive de aparência e iludindo-se com tudo o que desperta e robora seu instinto materialista esquecendo assim suas medicâncias espirituais, sendo estas lembradas apenas nas horas que não há mais solução para o sofrimento eminente.
É comum ver alguém escapar da morte e logo agradecer à Deus pela continuidade de vida concedida, é normal agradecer à Deus pela fortuna adquirida, é normal agradecer à Deus por todas as coisas boas que acontecem em nossas vidas, assim como é normal esquecer Deus nos dias em que as coisas permanecem bem, nos dias que tudo flui de forma aprazedora e é mais comum ainda contestar Deus quando coisas desfavoráveis se tornam uma realidade reiniciando assim esse ciclo de dependência.
O que não vemos é que existem Anjos espalhados por aí, espantando demônios e obsessores que tentam nos empurrar para a lamúria, o vício, o esquecimento, os caminhos da morte. Mesmo com os nossos maus tratos à esses seres de bem, eles continuam afáveis à nós, pois sabem que dependemos muito deles.
Por mais que achemos o ser humano um ser totalmente independente, ele nunca consegue viver sozinho, por mais que enfrente a solidão, sempre há algo que o ampara, mas não sabe ele, o homem, que está sendo acolhido de forma fraternal a cada instante em que se perde na escuridão dos seus pensamentos!




Pipo Sotero

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Ilusão Humana

Nada é perfeito, temos que nos contentar com o que nos foi destinado, mas nem todos levam isso em conta, quase ninguém se contenta com o que tem e ainda há aqueles que crescem o olho nas coisas das outras pessoas, desejando ter o mesmo ou melhor, só para mostrar que também pode e em muitos dos casos, desejando até mesmo o mal.
Inveja... Esse e um mal que corrói a beleza do espírito humano. A inveja é nociva, às vezes parece ser algo tão simples que não damos conta do mal que ela pode nos causar. Seus efeitos além de variados são devastadores, incluindo a perda de personalidade, sentimentos e sensibilidades àqueles que realmente precisam de nós.
Se muitas dessas pessoas tivessem um pouco mais de bom senso, a vida poderia ser bem mais saudável, sem muitos dos conflitos humanos que hoje encaramos como algo 'normal', mas parece que quase ninguém se importa realmente com isso. Parece que o que mais vale são seus interesses, seus ganhos, seus bens.
Hipocrisia, mediocridade, materialismo, ganância. Parece que são apenas essas coisas o que importa na vida dessas pessoas, nada além do que eles acham que é suficiente para se obter um padrão de vida elevado.


Pipo Sotero

domingo, 6 de novembro de 2011

Cravos e Rosas - Parte II - O Campo dos Girassóis

Cravos e Rosas
Parte II - O Campo dos Girassóis


O Cravo não mais aguentava o peso da agunstia que carregava, os sintomas de sua tempestade metal eram notórios, ele andava muito pensativo, com a mente à anos luz da realidade. Cansado, ele sentia-se na necessidade de desabafar, jogar para fora tudo que o sufocava, foi quando, após uma ideia reluzente, decidido, resolveu ir ao Campo dos Girassóis encontrar com sua melhor amiga e escudeira, a qual todos os seus pensamentos entendia, a formidável e esplêndida Girassol.
Ao vê-la, os dois se cumprimentaram, argumentaram sobre o grande tempo que não se viam e o Cravo, sem hesitar, pediu-lhe um pouco da sua atenção para então tentar explicar-lhe toda sua aflição, ele sentia inseguro consigo mesmo, mas de forma acanhada, aos poucos foi contando seu tenro martírio.
De forma deslumbrante, a feérica Girassol o entendeu magnificamente, compreendendo com maestria toda a sua agonia, podendo assim aconselhá-lo. Atenciosa e sempre generosa, ela lhe disse palavras de conforto e motivação, recomendando-lhe que te tirasse um tempo para si mesmo e que em contato com a natureza e tudo o que ela oferecia de revigorante, pudesse encontrar uma resolução para suas dúvidas, e que assim, depois do contato com as forças de criações divinas, fosse possível reunir-se com as Rosas e então chegar à uma conclusão sobre todos os possíveis efeitos após cada escolha por parte de ambos.
Após as sublimes elucidações da formosa Girassol, o Cravo despediu-se dela e agradeceu por suas sábias palavras, prometendo-lhe que em breve voltaria para contar-lhe todas as resoluções.
O Cravo, então, retornou ao Jardim em que viva decidido por prática todos os conselhos de sua celebre amiga.
Continua...





Pipo Sotero

sábado, 5 de novembro de 2011

Chuva

A chuva cai
E estou sozinho
Ladeira à baixo
A água abre seu caminho
A noite passa
E eu mal percebo as horas
Para a sua ida
Procuro respostas
Meu silêncio
Não expressa só tristeza
Eu sinto falta
É da sua tímida beleza
De sua fraca voz,
Sinto saudades
De fazer suas vontades,
Escutar suas verdades
E pouco me importa
Se isso é o fim do mundo
Sem você eu sofro,
Sei que morro a cada segundo
Nunca imaginei
Um dia chegar a saber
Que sem você ficar
Seria sinonimo de sofrer
Não mais ligo
Para as flores e seu colorido
Sem você minha vida
É um drama sem sentido
Agora nesse frio
Sinto o amargo sabor da solidão
E me pergunto até quando
Apertará meu coração
Bom seria se isso fosse um livro
Próximo ao seu fim
Onde, num final feliz,
Abraçada você estaria junto a mim


Pipo Sotero

Cravos e Rosas - Parte I - O Jardim

Cravos e Rosas
Parte I - O Jardim

Uma vez, em um simples jardim, haviam duas Rosas , uma Branca e outra Vermelha que eram bem amigas e que sentiam um afeto por uma mesma pessoa, um modesto Cravo de um jardim próximo. O Cravo por sua vez, era bastante amigo das duas Rosas e gostava de uma delas, a Vermelha, sem saber que a mesma gostava de ti, pois devido à vários fatores, presumiam que tinham muitas coisas em comum entre si, desde a hora de desabrocharem até a hora de serem regados.
Depois de alguns dias, de idas e vindas, o Cravo acabou descobrindo a adimiração à sua pessoa por parte das duas Rosas, Branca e Vermelha, e partir de então o Cravo passou a se sentir muito confuso, pois ele se via numa situação delicada que se tratava de sentimento, vontades e desejos, pois as Rosas eram muito amigas e ele sentia um medo de demonstrar seu interesse pela Rosa Vermelha, pela qual o seu afeto só aumentava e assim acabar 'machucando' a Rosa Branca, a qual era sua amiga de longa data.
Durante dias e dias, o Cravo sentiu-se angustiado e confuso, andando meio transtornado e atordoado, simplesmente pelo fato de temer fazer uma escolha e posteriormente ver alguém sofrendo.
Depois de mais alguns dias, veio uma coisa à mente do Cravo que o deixou intrigado, pois ele sustentava uma questão da qual necessitava saber se seguia em frente e 'lutava' para conquistar o afeto da Rosa Vermelha que ele tanto gostava, assim vindo causar um suposto sofrimento à Rosa Branca, ou se seguia em direção oposta à sua vontade, abdicando o amor e carinho que sentia pela Rosa Vermelha só para preservar o elo entre as duas Rosas...
Continua...



Pipo Sotero