Detido o assassino de Rodrigo Neto

Criminoso, que estava foragido, foi encontrado em pagode na Mangueira

Policiais das Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Mangueira prenderam, na madrugada desta segunda-feira, o assassino de Rodrigo Netto, guitarrista da banda Detonautas, morto em 4 de junho de 2006. Peterson Oliveira da Costa, conhecido como Pepe, foi preso em um pagode, na rua em frente à quadra de samba. O criminoso, que não estava armado, foi levado para a 17ª DP, em São Cristóvão. A prisão ocorreu depois que policiais da UPP da Mangueira receberam a informação de que Pepe estava na comunidade.
Peterson era tido como foragido da Justiça desde que foi beneficiado com uma saída temporária do presídio. Há sete anos, ele foi preso na Vila Aliança, em Bangu, e confessou o crime. Na época, tinha 18 anos. Outros dois adolescentes que participaram do crime foram capturados.
Rodrigo Netto tinha 29 anos quando foi assassinado em um Astra preto, na Avenida Marechal Rondon, no bairrodo Rocha, na Zona Norte do Rio. Os tiros foram disparados pelos ocupantes de outro carro, que tentavam roubar o veículo do músico.
 fonte: http://veja.abril.com.br

 

Vislumbre

Frente a frente aos meus medos...
Mas quais medos?
De perder, ferir, sangrar?
Não.
Não sou destemido, somos audaciosos, mas nada mais é capaz de penetrar essa casca bruta,
Tão rígida quanto diamante, tão frio quanto o nitrogênio líquido
Que envolve nossos corações como uma carapuça metálica.
Onde está a pena? Minha, nossa, vossa compaixão?
Se perdeu no infinito, talvez na parte imensurável do tempo.
Não sou do tempo em que usa máscaras, sou daqueles que mostram a cara
Assustador e de sorrisos perturbadores

Quem sabe a personificação do mal?
Vivendo entre anjos e demônios
Praticando o bem baseado em teorias radicalmente torturantes
E isso o que enxergo: um mundo à beira de um colapso!
E qual a minha reação perante a isso?
-Estou torcendo para que haja um cataclismo.
Rezando para que toda fúria contida nesse mundo venha a sucumbir sobre nossos crânios.
Talvez isso seja só um vislumbre de todos os meus desejos, os nossos desejos
Já que não falo mais por mim e sim pela legião que está disposta à exterminar todos os vestígios de que algum dia esse inferno foi habitado pelo parasita humano!


Ec Sotero

No Escuro O Sangue Escorre

Eu não consigo mais me satisfazer
O dia-a-dia que me cerca me enlouquece
E não consigo mais me satisfazer.
Estou precisando de um tempo pra pensar melhor...
Quando eu te quero aqui perto de mim,
O teu sorriso me desperta pensamentos sujos.
Me satisfaz, deixe-me te tocar,
Estou precisando de alguém pra me entender melhor...
No escuro o sangue escorre...
Diferente de ontem, hoje eu quero poder,
Ir mais além com você em busca de solidão.
Nós três, somos estranhos demais
Estou precisando de alguém pra me explicar melhor...
No escuro o sangue escorre!




Tico Santa Cruz

Escravos do Modismo

À medida em que o homem vai evoluindo, muitas pessoas parecem seguir o caminho contrário à aprimoração mental. O que acontece é a sensação que fica espessa no ar de que cada vez mais as pessoas se tornam escravos da mídia e da moda.
Chega a parecer que quase ninguém mais tem uma própria tendência, uma opinião ou até mesmo uma sugestão para dar.
Isso fica estampado na cara e no corpo daqueles que seguem a risca as tendências ditada por artistas, esportistas, celebridades, socialites, dentre muitos outros fatores.
Que carro comprar?
Qual roupa usar?
Qual par de óculos por na cara?
Chapéu?
Tatuagem?
O quê assistir?
Qual música ouvir?
Quem namorar? Homem ou Mulher?

Qual religião seguir?
Essas são as questões que passam na cabeça dessas pessoas vaidosas e desvairadas.
Com a grande facilidade de acesso às redes de informação, notícias e fofoca, fica mais evidente que o que se passa, imprime e obriga de forma subliminar na mente das pessoas tudo o que devemos fazer, mas não precisa ser assim, porém a grande maioria não se importa com seu próprio pensamento, talvez por que esteja fora de moda ter sua própria opinião.
Além de escravos da moda, somos escravos da TV, escravos do achismo e nos deixamos levar pela ditadura do ''faça o que mandamos'', por o bordão ''seja você mesmo'' induziram-nos a acreditar que já está ultrapassado, fora de moda, para variar, mais uma vez.
Será que ninguém consegue perceber o quão lindo somos sendo nós mesmos?
Seguindo nossas próprias vontades e desejos, sendo menos aquele ser rotulado e mecanizado que fazem e falam as mesmas coisas sempre, agindo como idiotas?
Ou o medo de sermos julgados de cafona e careta nos inibe de dizer e agir da forma que realmente somos?
São tantas as perguntas, e notoriamente, tantas as respostas, mas parecemos desleixados em tesar e dizer não à esses ditadores e dizer que temos um cérebro que funciona!


Ec Sotero

Fé!

"Mas os cuidados deste mundo, os enganos das riquezas e as ambições doutras coisas, entrando, sufocam a palavra, que fica infrutífera." - Jesus. (MARCOS, 4:19.) 

A árvore da fé viva não cresce no coração, miraculosamente.
Qual acontece na vida comum, o Criador dá tudo, mas não prescinde do esforço da criatura.
Qualquer planta útil reclama especial atenção no desenvolvimento.
Indispensável cogitar-se do trabalho de proteção, auxílio e defesa.
Estacadas, adubos, vigilância, todos os fatores de preservação devem ser postos em movimento,
a fim de que o vegetal precioso atinja os fins a que se destina.
A conquista da crença edificante não é serviço de menor esforço.
A maioria das pessoas admite que a fé constitua milagrosa auréola doada a alguns espíritos privilegiados pelo favor divino. Isso, contudo, é um equívoco de lamentáveis conseqüências.
A sublime virtude é construção do mundo interior, em cujo desdobramento cada aprendiz funciona como orientador, engenheiro e operário de si mesmo.
Não se faz possível a realização, quando excessivas ansiedades terrestres, de parceria com enganos e ambições inferiores, torturam o campo íntimo, à maneira de vermes e malfeitores, atacando a obra.
A lição do Evangelho é semente viva. O coração humano é receptivo, tanto quanto a terra.
 É imprescindível tratar a planta divina com desvelada ternura e instinto enérgico de defesa.
 Há muitos perigos sutis contra ela, quais sejam os tóxicos dos maus livros, as opiniões ociosas, as discussões excitantes, o hábito de analisar os outros antes do auto- exame.
Ninguém pode, pois, em sã consciência, transferir, de modo integral, a vibração da fé ao espírito alheio, porque, realmente, isso é tarefa que compete a cada um.

Chico Xavier. Vinha de Luz. Pelo Espírito Emmanuel. 14.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1996. Capítulo 40.