terça-feira, 14 de maio de 2013

Vislumbre

Frente a frente aos meus medos...
Mas quais medos?
De perder, ferir, sangrar?
Não.
Não sou destemido, somos audaciosos, mas nada mais é capaz de penetrar essa casca bruta,
Tão rígida quanto diamante, tão frio quanto o nitrogênio líquido
Que envolve nossos corações como uma carapuça metálica.
Onde está a pena? Minha, nossa, vossa compaixão?
Se perdeu no infinito, talvez na parte imensurável do tempo.
Não sou do tempo em que usa máscaras, sou daqueles que mostram a cara
Assustador e de sorrisos perturbadores
Quem sabe a personificação do mal?
Vivendo entre anjos e demônios
Praticando o bem baseado em teorias radicalmente torturantes
E isso o que enxergo: um mundo à beira de um colapso!
E qual a minha reação perante a isso?
-Estou torcendo para que haja um cataclismo.
Rezando para que toda fúria contida nesse mundo venha a sucumbir sobre nossos crânios.
Talvez isso seja só um vislumbre de todos os meus desejos, os nossos desejos
Já que não falo mais por mim e sim pela legião que está disposta à exterminar todos os vestígios de que algum dia esse inferno foi habitado pelo parasita humano!


Ec Sotero

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