quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Desabafando com Loucura


Foi abrindo os olhos que eu percebi que tudo não passou de um sonho, que nada do que tinha acontecido era surreal.
A loucura era verdadeira, a insanidade corriqueira.
O que me parecia mais um sonho não passava de uma enfermidade mental, mas tudo ao meu redor me fazia acreditar que eu era normal.
Mas as coisas realmente não eram como eu queria, os gritos, os risos, os passos o pavor, tudo aquilo era a verdade que me arrastava cada vez mais para fora desse mundo, mundo esse que eu se quer o conheço, pois tudo é mais claro, alto, nítido e brilhante, a ponto de ofuscar meus olhos e espancar meus ouvidos com toda essas ondas que me causam temor.
Ahhh nobre loucura! Volte a mim! Não aguento viver assim como os outros, com suas regras, desejos, e sentimentos!!
Arrebate-me de volta para meu mundo! Cansei de viver aqui!
Será que você não entende que sem você eu sou um nada?
Eu sou só mais um nessa multidão de escrupulosos!
Posso te garantir que meu desejor de morrer, desencarnar nunca foi tão grande!
Leve-me de volta para meu quarto de paredes alvas e acochoadas, pois é lá q ue me sinto bem!
Deixe-me gritar, berrar, exclamar, me jogar contra a parede e chorar sobre esse chão que me parece sólido!
Traga-me de volta meus remédios, minhas drogas aluncenógenas, quer sentir minha alma sair desse corpo por incessantes minutos e ver aquele mundo distorcido que tanto me encanta!!
Sangue! É tudo o que vejo!
Entendeu agora o que eu sou?
Entendes agora quem eu sou?
O que eu quero!!!




Sotero

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